Bem-vindos a bordo!

Alô pessoal,
Gostaria de agradecer a presença e energia investida ontem. Fiquei surpreso, no melhor sentido, por saber que quatro de vocês nem sequer estavam inscritos na lista de discussão e/ou nem no grupo no Facebook. A realidade se revela algumas vezes mais interessante que o que projetamos previamente com a imaginação.
Para se inscrever na lista de discussão do grupo do hackerspace, basta enviar um email sem caracteres e sem assunto para [email protected] e esperar a aprovação pelo moderador. Provavelmente haverá mais um passo depois deste, com instruções em email de confirmação que será enviado automaticamente. Coisa rápida. O arquivo desta lista se encontra aqui (vai ser necessário clicar em “Eu não sou spammer” para acessá-lo). Ela foi inaugurada no mês passado, quando migramos de uma lista anterior, cujo arquivo pode ser visto aqui. Encorajo que vejam o que já foi discutido nas listas através destes arquivos e participem de um ou mais tópicos :D

Talvez alguns de vocês tenham aparecido ontem com a expectativa mais inclinada para o estudo com o Arduino, desde o início das atividades. Espero que o jeito como começamos não tenha abalado negativamente suas expectativas. Nós queremos chegar ao Arduino, eu quero muito, tenho muito o que aprender. Mas acredito que estudar eletrônica básica, deixando o Arduino para uma fase seguinte, pode ser um caminho muito interessante também(!), até chegarmos nele, que é a vedete dos hackerspaces. Claro que podemos começar a estudar também com o próprio em encontros próximos, vamos conversando sobre isso. Encorajo todo mundo aqui a propor sugestões de como podemos melhorar a dinâmica para os próximos encontros, de modo que todos se sintam satisfeitos com essa experiência. Já estou pensando em alguns pontos.

Sobre o livro que nos guiou ontem, Make: Electronics (deem uma olhada nos reviews favoráveis aí nesta página da Amazon, este
livro se tornou bem popular nos EUA, e o autor está preparando mais um livro de continuação, o Make: More Electronics, que será
publicado no final deste ano, e também uma enciclopédia em três volumes sobre componentes eletrônicos, com o primeiro volume publicado até agora), para quem não tiver problemas com “roubar” ebooks, vocês podem (e encorajo a) baixá-lo aqui (neste link ele vem compactado em .rar) e aqui (às vezes este site fica fora do ar, mas quando não, ele oferece vários mirrors de download). Quem tiver problemas pra baixar por estes links ou procurando em outras fontes na net, por favor, avise que damos um jeito.

A Ana Lucia (grata surpresa ver aparecer uma (ex?) professora do Ihac, lugar onde estudei, e de um jeito peculiar, através do atual
diretor do mesmo instituto) mencionou um livro que tem instigado minha curiosidade, do Jeremy Blum, vejam sobre ele aqui. Ele
me parece ter uma abordagem única comparado aos demais livros sobre o Arduino que tem sido publicados. Quem sabe podemos comprar um ou mais destes livros com o tempo e contribuição de todos (se não aparecer “gratuitamente” nos cantos obscuros da internet antes ) e estudá-los no futuro. Ainda sobre o nosso livro de estudos, vou deixar aqui os seguintes links para nos ajudar nesta jornada, com documentação feita ao longo e sobre os estudos com o mesmo livro: este cara documentou tudo em blog, resultando numa fonte bastante rica, já este publicou em vídeos, e o pessoal do Tarrafa, hackerspace sediado em Florianópolis, que está estudando o mesmo livro atualmente, aqui. Outros livros sobre o universo hackerspace e movimento maker, que me parecem muito interessantes: aqui, aqui e aqui.
O grupo de estudos de ontem nasceu a partir de discussões no âmbito do grupo que quer fundar um hackerspace aqui em Salvador, e espero que vocês que apareceram pela primeira vez se sintam parte do mesmo esforço! Mas o que é um hackerspace (também
chamado de makerspace, hacklab, creative space, e provavelmente mais alguns termos)? Tudo bem que falamos um pouco sobre a ideia dele ontem, mas acho enriquecedor olharmos para o mundo afora. Apenas uma informação rápida sobre o tema não vai dar uma boa dimensão do que vem ocorrendo no mundo, caso ainda não estejam familiarizados com tudo isso, já que este movimento aqui em Salvador, atrelado ao movimento global, está apenas engatinhando, ou ainda no útero, e estamos fazendo parte dele! Pra mim, hackerspace é algo importante demais para deixar de lado a tentativa de fundar um aqui em Salvador! É importante que vocês vejam, explorem por si próprios, na internet e se possível em contato direto e presencial, para ter uma dimensão mais rica deste movimento incrível que vem se espalhando pelo mundo inteiro, celebrando a criatividade e o compartilhamento de conhecimentos e experiências.

Por isso vou deixar os seguintes links: olhem o site do primeiro e mais famoso hackerspace brasileiro, o Garoa Hacker Clube, sediado na cidade de São Paulo. Vejam também este vídeo que eles criaram sobre eles mesmos (o espaço mostrado aí é da sede anterior, hoje eles funcionam, desde o início do ano, numa casa com espaço mais amplo) e também estedocumento que eles criaram sobre como criar um hackerspace. Também lembrei que a Ana Lucia mencionou um vídeo muito interessante: esta apresentação do Mitch Altman (pessoalmente acho comovente e bastante inspiradora), uma figura bem conhecida na comunidade global hackerspace e um dos
fundadores de um dos hackerspaces mais famosos do mundo, o Noisebridge, sediado na cidade de San Francisco. Assistam também a este tour pelo interior do próprio Noisebridge (existe uma legenda feita por humanos aí, a que diz apenas “Inglês” e não a “(legendas automáticas)” e vejam que lugar incrível que eles tem. Existe também este portal oficial do movimento (e dentro dele, uma lista dos hackerspaces no mundo inteiro). E aqui slide sobre hackerspaces, indicado esses dias em nossa lista por um dos fundadores do Garoa Hacker Clube, e daqui de Salvador (também uma grata surpresa, descobri sobre ele recentemente), o VJ Pixel, que já manifestou seu interesse em nos apoiar com a criação do nosso hackerspace aqui em Salvador. Atentem, neste slide, para os seguintes traços dos hackerspaces: comunitário, independente, de livre acesso, auto-sustentável, fomentador do compartilhamento de conhecimento e da auto-aprendizagem. Certamente que existem váááááááários outros materiais de referência sobre hackerspaces espalhados pela net, e tenho muito o que descobrir ainda. Por isso vamos compartilhando sobre o que descobrirmos de interessante sobre este universo.

Ontem também mencionei alguns projetos, vou deixar aqui os links do que consigo lembrar agora: ArduSat, Shrimp, ShrimpKey, Adafruit, Sparkfun e… err, não lembro mais. Vocês já devem ter percebido que o movimento maker e hackerspace é muito, muito forte nos Estados Unidos e na Europa. Já passou da hora de nos mobilizarmos por aqui em Salvador.