Loomio
Thu 15 Jan 2015 12:29PM

Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

MP Miguel Penas Public Seen by 99

Como certeza já sabeis para o próximo 8 de fevereiro a plataforma 'Queremos galego' tem convocada umha manifestaçom em Compostela. Por todos é conhecido que a AGAL nom faz parte desta plataforma embora tenha participado e apoiado várias das suas mobilizações como as recentes contra o decreto do galego ou no dia das letras, ambas em 2013, posto que em 2014 nom houvo manifestações deste tipo.

Sempre que a AGAL participa neste tipo de mobilizações tenta fazê-lo de um jeito positivo. Sempre com a vontade de indicar que nom só é necessário superar o status quo atual da língua na Galiza, mas também a estratégia desenhada nas últimas décadas. Achamos que em 2015, com a figura de Filgueira Valverde como homenageado no dia das letras, abre-se umha muito boa oportunidade para evidenciar isto. Ideia que, alias, temos aprovada como linha estratégica para este ano.

Diante da convocatória desta nova mobilizaçom do Conselho da AGAL temos várias questões que gostaríamos de pôr em comum com a nossa base social para poder poder construir umha reflexom coletiva e tomar a melhor das decisões. Para levar para a frente isto, e inauguramos assim umha nova etapa no que diz ao respeito dos debates internos, temos aberto um espaço da AGAL em Loomio, um software e aplicativo web para poder este tipo de precessos.

JA

João Aveledo Sat 17 Jan 2015 8:56PM

Cansado de ver manifestações cada vez com menos força, que se repetem inutilmente anos após ano e com objetivos nem sempre claros. Para quando mostrarmos a nossa força (ou a nossa debilidade) publicamente… e que adira quem quiser.

XT

Xemma Tedín Sat 17 Jan 2015 11:22PM

Perfeito isto do loomio... mas antes tinha claro e agora ainda vou ter que dar-lhe outra volta... interessantes argumentos!

JA

João Aveledo Sun 18 Jan 2015 12:56AM

Concordo plenamente com o dito polo Ernesto... e passar, sem mais, nem protestar nem, discordar, nem impugnar, só passar... ;)

RC

Ricardo Cabanelas Sun 18 Jan 2015 12:44PM

Parabéns por habilitar uma ferramenta para o debate.
Poder participar para os que temos difícil acudir a reuniões é de agradecer.
Pessoalmente, a convocatória tem um ligeiro cheiro a pre-campanha de municipais. Além de protestar pela política sobre a língua do governo que padecemos, é uma boa maneira de dizer a toda a chavalada do planeta U e arredores, que há que pôr o corpo em marcha cara a batalha eleitoral municipal e de passo, tomar um vinho em Compostela, que sempre está bem.
Também há que lembrar que nas passadas municipais, suspenderam a mani e convocaram à gente a fazer cousinhas em cada zona. Parece que no politbureau vão aprendendo algo, assim que este ano adiantaram-se e se andam ocupadinhos com a campanha não ficam sem mani do galego.
A decisão de ir ou não ir depende mais dos objectivos diplomáticos da AGAL mais que objectivos referentes ao galego. Sem morar em Compostela e não estar ao tanto das intrigas cortesanas não posso ter uma percepção completa do assunto.
Desde fora e sem ter todos os dados, a minha opinião é de ir à manifestação mas não consumir muita energia no assunto.

IP

Inácio Prada Sun 18 Jan 2015 7:15PM

Primeiramente, acho preciso agradecer a oportunidade que o Conselho para nos exprimir a vontade. Na verdade não tenho nem muita coisa nova a falar. É bem certo que como associação de defesa da língua é o nosso dever assistir a este tipo de actos. Mas sempre a marcar a nossa posição, de ter que ir: a fazermos barulho, lembrar que nós não nos queijamos de dois, três, cinco ou dez pontos duma determinada lei sobre o galego; mas uma emenda à totalidade do Plano Geral de Normalização Linguística. De irmos, irmos bem.

Ora sim, dado o trato -se calhar involuntário, sei lá- depreciativo recebido do Establishment da defesa da língua. É compreensível certa rejeita pela nossa parte. E, como vem se disse, provar não ir pode ser bom.

RR

Raul Rios Sun 18 Jan 2015 8:17PM

Antes de mais, parabéns ao Conselho por demonstrar com a criação deste fio de debate que horizontalidade e efetividade não são práticas contraditórias.
Basicamente, concordo com todo o que aqui se disse em ambos sentidos e partilho a leitura que faz o Conselho. Dito isto, vou-me abster, porque não tenho uma postura clara.
Em qualquer caso, independentemente da decisão final, julgo que seria oportuno emitir um comunicado explicando este debate e o porquê das reticências, sempre no tom positivo e pedagógico que lhe é próprio à Agal. Um comunicado que explique porque achamos insuficiente (no melhor dos casos) o facto de convocar umha manife e qual é que é a nossa diagnose e receita para a situação da língua. Há muita gente (boa parte da minha geração) que vê um referente na Agal e que não compreenderia nem a sua ausência sem explicações nem a sua presença acrítica.
Um abraço e a começar com forças a semana!

XC

XAVIER CASTELLANOS Sun 18 Jan 2015 8:34PM

Sim, sem dúvida concordo com a assistência. Todas as alternativas são merecedoras de respeito, Mas acho que os argumentos, muitos aqui comentados sobre a oportunidade de contar com a nossa presença, superam a passividade. Devemos participar-

SS

séchu Sende Sun 18 Jan 2015 10:35PM

Agradeço o espaço para a reflexom e a acçom, já que com as nossas palavras tamém estamos a atuar. Obrigado, compas. Em relaçom com o momento atual e desde umha posiçóm persoal, nom me sinto identificado com a plataforma Queremos galego, mas, como noutros episódios e aventuras do passado, sim com o que poida haver de "movimento", que penso que é pouco tirando a nada, além do dia da manifestaçom. Si que há um movimento social -muito vissível na rede e muito ativo nos trabalhos, nas vidas diárias, dum feixe grande de persoas comprometidas com a língua.

Persoalmente, pois, Queremos galego, essa plataforma que só se manifesta de vez em quando através dumha gestora que, como acçom mais horizontal do ano, lança um "concurso de lemas" para a faixa da mani da que estamos a falar.

Penso que continua a existir umha dinámica e interese de control do movimento a favor da língua por parte dumha minoria organizada com interesses partidistas. E isso é terrível para qualquer movimento social.

Mas, se bem noutros tempos estivem muito mais ativo e puidem viver diretamente essa dinámica de control de movimentos sociais por parte da mesma gente ou, melhor dito, dos mesmo interesses -basicamente- da-me a impresom de que nada mudou.

Como sócio de AGAL, um entre tantas, e faltando 32 minutos para acabar o praço de consulta, -sinto-o- só podo achegar a minha experiéncia e dizer que nom gosto deste tipo de atuaçons pontoais, quase anedóticas e cerimoniais, dirigidas de forma bastante partidista e pouco horizontais.

Considero que umha verdadeira dinámica por umha mudança social deve ser contínua, diária, sem depender dos ciclos eleitorais de forma submisa, com vontade de ser "movimento" real, plural, em todos os sentidos, e original, criativa, entre outras muitas cousas.

Gostaria de poder aportar mais, mas hoje a família estivemos a preparar uns desenhos para que Estrela -a minha filha- lhes explique às crianças da Semente como é o Courel e estou canso.

Isso si, a decisom de nom ir à mani suporia um antes e um despois e seria interessante saber como aproveitamos as energias dumha decisom assi. Haveria que explicar mui bem por que nom se vai, e, evidentemente, ao sermos crític@s, propor outro modelos de acçom e reflexom.

Penso que AGAL é um exemplo de coletivo mui vinculado ao movimento social -o Movimento social reintegracionista-, um movimento dentro do movimento, ou ao lado, do movimento social a favor da língua.

Mas vejo que explicar isto é complicado. E nom sei até que ponto este conflito pode ser interessante ou nom, como estratégia dentro do movimento da língua.

Eu, persoalmente, irei à Mani, isso si. Porque apesar de que nom gosto de como jogam com as persoas para criar realidade, nem gosto de ir às misas, si que é um bom momento para estar com colegas e compartir esse dia.

DVR

Daniel Vasques Ribeira Mon 19 Jan 2015 8:46AM

Entendo e partilho grande parte dos argumentos a favor e em contra da AGAL fazer parte da manifestação, mas decido ficar em desacordo polo seguinte:
- As questões de forma já mencionadas.
- A plataforma de Queremos Galego, se alguma vez tivo utilidade, é claro que já não tem nenhuma além de se achegarem as eleições. Qual é o objetivo REAL da manifestação? Pode-se atingir algum dos objetivos por esta via? Que nos diz a experiência? É importante saber quando paga a pena mobilizar as pessoas para demonstrações que supõem ademais um deslocamento.
- Derivado de todas as anteriores: posto que Queremos Galego é uma plataforma de utilidade esgotada e com a que não partilhamos o modelo de língua nem, em verdade, grande parte dos manifestos. De que serve ir como entidade senão para dar fôlegos à gente que utiliza estas plataformas de jeito partidário?

Expressadas as minhas reticências e, tendo presente que as pessoas sempre podem ir. Inclino-me mais por ficar em desacordo. Assim como assim, se a AGAL decidir ir, tem na mesma todo o meu apoio pois a causa é nobre e os argumentos a favor dignificam as pessoas enunciadoras.

Abraços para toda a gente e obrigado por abrir este canal de comunicação.

DVR

Daniel Vasques Ribeira Mon 19 Jan 2015 9:00AM

Quero apenas acrescentar, que o de ter de explicar-lhe à gente a ausência resulta-me um bocado alarmante. Por que tem a AGAL de dar mais contas que ninguém do que NÃO faz? Em qualquer caso, opino que ir não vai servir para convencer ninguém, para isso estão as pessoas e as atividades da AGAL que não são poucas e trabalham todo o ano. Porém, a gente que gosta de desacreditar a AGAL vai desacreditar na mesma, sempre fazem, vá a AGAL ou não vá na manifestação.

Defender a língua não é, por definição, fazer parte duma manifestação. Há muitos jeitos de defender a língua e se calhar se alguém perguntar por que a AGAL não vai, o que cumpre é explicar todos os argumentos dados. Mesmo haveria que explicar, se preciso, se a decisão for ir na manifestação.

Sinceramente, parece que nós mesmos atuamos como se fôssemos uns marcados criminosos que têm de se explicar a cada passo mesmo sem fazer mal a ninguém. É um chisco alarmante.

Antes de finalizar, repito. O que SIM faz e apoia a AGAL está na mesa, está na rede, está nas bibliotecas, está nos locais sociais, está nas ruas... Pode ser insuficiente, mas existe e são as verdadeiras credenciais da AGAL. O resto, como as 'manifestações do galego', leva-o - se calhar por desgraça - o vento.

Só quero finalizar com que, na minha opinião, devemos é fazer o que verdadeiramente queremos fazer, e não o que os demais querem que façamos.

Sinto se ofendim alguém coas minhas palavras ou se me deixei levar polo momento... Abraços.

Load More