Candidatura ‘Polo novo consenso’
No dia 24 de outubro há eleiçons ao Conselho da AGAL e as pessoas em baixo decidírom dar um passo à frente para continuar o trabalho do Conselho sainte, apresentando a seguinte candidatura:
Eduardo Sanches Maragoto (Presidente)
Carlos Quiroga (Vice-presidente)
Eliseu Mera (Secretário)
José Calleja (Responsável das Finanças)
Susana Arins (Vogal)
Jon Amil (Vogal)
Ricardo Gil (Vogal)
Xico Bugueiro (Vogal)
A equipa contará ainda com o apoio de Valentim Fagim, Miguel R. Penas e Gerardo Uz para a organizaçom de diferentes áreas de trabalho.
Esta candidatura apresenta-se com duas linhas programáticas que serám preenchidas, até a apresentaçom do programa oficial no dia 28 de outubro, polos associados e associadas que quigerem co-participar na elaboraçom do programa com esta ferramenta informática.
– O desenvolvimento da Lei para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia (Lei Paz Andrade).
– O fomento do reconhecimento entre identidade galega e reintegracionismo.
Para avançar com ambas as linhas programáticas pretendemos fomentar a colaboraçom do/com o conjunto da sociedade, tecendo redes que facilitem a penetraçom da ideia de comunidade galego-portuguesa, nomeadamente através da implementaçom de projetos que permitam explorar ao máximo a LPA, tanto no que di respeito à promoçom do português no ensino como no campo das relaçons galego-portuguesas no ámbito comunicativo, social e institucional.
Para além destas linhas programáticas, esta candidatura também vai submeter a consulta a otimizaçom das duas tradiçons gráficas que convivem no reintegracionismo, para saber se é considerado conveniente avançar para umha norma unitária que as aglutine.
Jon Amil Fri 25 Sep 2015 5:17PM
Se calhar é que eu nom sou linguísta, filólogo, nem de letras em geral, mas penso que a gente está a falar de cousas que eu nom vejo.
Atualmente há gente que escreve a sua fala galega usando certas escolhas que a norma AGAL nom aceita, mas sim outros padrões da nossa língua. E vam-no continuar a fazer, digamos o que dixermos. Entom, nom vejo problema em aceitar que seja possível escrever, por exemplo, "coração" ao lado de "coraçom", nem vejo que isso crie problema nengum. É só dar abrigo a essa gente dentro da norma.
Depois, com o tempo, a gente acabará por mostrar preferência por umha das formas, porque afinal som as falantes (escreventes, neste caso) as que criam a língua. Já aconteceu isso antes no reintegracionismo, onde sendo as duas opções possíveis acabárom por impor-se as formas "quatro, quando, qual..." às formas "catro, cando, cal...".
Vítor Garabana Fri 25 Sep 2015 5:49PM
Eu veria lógico fazer umha extensom da norma gráfica da AGAL para admitir -ão, -ã, -ões. O til de nasalidade "primeiro estranha-se e depois entranha-se" e afinal dá muito jeito para unificar graficamente as pronúncias galegas -ám/ao, -á/ám, -ons/ois. Sem banir o uso de -om/ons. Entendo que a proposta é para aglutinar as diferentes tradições gráficas e isso é apenas a ortografia, nom inclui a morfologia verbal, ou sim? Incluir-se-iam ambas as conjugações dos verbos irregulares, a padrão portuguesa e a actual AGAL na norma aglutinada? Declaro-me aprendiz e aberto a novas propostas. Portanto voto SIM.
Gerardo U. Fri 25 Sep 2015 7:27PM
Olá, pessoal. Antes do debate continuar, agradeceria-vos LERDES COM ATENÇÃO A PERGUNTA. Reparei no que se pergunta, por favor, ou isto não serve de nada mais do que para fazer um debate bizantino.
Aqui não se pergunta nem se a norma da AGAL deve desaparecer, nem há um debate entre "norma coraçom e norma coração" nem cousas polo estilo.
A pergunta é: és a favor de haver uma única norma (mas flexível) para o reintegracionismo galego ou que continue o esquema atual? A pergunta é essa e apenas essa. E como também se indicou, a pergunta é apenas para conhecer qual é a opinião maioritária dos sócios e sócias da AGAL, e a única maneira de conhecer a opinião é PERGUNTANDO.
Saúde.
[email protected] Sat 26 Sep 2015 3:11PM
Existem duas estratégias para a normalizaçom do galego, a reintegracionista e a autonomista. Nom precisamos de complicar mais o panorama. Com umha única norma reintegracionista, o suficientemente flexível para ninguém ficar excluído, a nossa proposta será mais forte e fácil de entender na sociedade.
[email protected] Sat 26 Sep 2015 3:22PM
Vítor,
sem querer adiantar acontecimentos, porque seriam técnicos a decidir isso, a filosofia é que sejam incluídas as duas conjugaçons, como de facto já acontece na atual normativa da AGAL em muitos casos (veja-se verbo fazer ou dizer, por exemplo).
susana arins Sat 26 Sep 2015 6:22PM
Quando este tema foi proposto dentro da candidatura eu fui a primeira em mostrar surpresa e não querer ver a necessidade de debate nenhum. Em parte porque eu, a nível pessoal, resolvi a controvérsia, ou contradição, ou incongruência, há bem de tempo: escrevo como me peta em AGAL e como me quadra em AO. Mas soubem também que essa não é a posição em que se encontra todo o mundo. Dão-se tensões entre pessoas e grupos, dentro da própria AGAL, sobre as escolhas ortográficas da editora, da área audiovisual, do conselho. Eu não desejo perder tempo, recursos e pessoas com este assunto. Tenho luitas mais importantes em que gastar as energias. Mas não por isso vou obviar que a AGAL tem que resolver esta questão. São horas. Há vinte anos não havia uma Lei Paz Andrade, nem a Lingua Portuguesa como matéria optativa nos licéus. Trata-se de aceitar o AO e acrescentar a ele variedades galegas em uso. E que todas podamos dizer que estamos a escrever a mesma língua.
Joám Lopes Facal Sat 26 Sep 2015 9:41PM
Considero haver dous pólos identitários convivindo na AGAL: (a) Reabilitaçom do galego vivo como imperativo, (b) Promoçom do português na Galiza como prioridade.
Ambas posiçons som compatíveis e coexistentes embora sejam conjuntos disjuntos.
Qualquer hibridaçom, além de quimérica [(coraçom (¿?) <> coração (¿?)] ameaça o pacífico convívio.
Considero útil o debate: abramo-lo em tempo e forma sem que tam intempestiva disjuntiva distorça o processo eleitoral.
Íria Mayer Sun 27 Sep 2015 9:33AM
Para mim a AGAL deve acolher as diferentes opções normativas, sem que isso seja um problema para ninguém. É uma escolha individual, que deveria ser respeitada por tod@s.
Ora bem, acho que não compreendo muito bem a questão colocada...
"Aglutinar" norma AGAL e padrão para termos uma terceira opção? Portanto, 3 normas a escolher?!
Aceitar que há sensibilidades diferentes dentro da AGAL, usos diferentes de normas, sem hierarquias... e continuar avante?
Alonso Vidal Sun 27 Sep 2015 10:02AM
A ver, o que eu entendo e no que concordo é que a NORMA AGAL se modifique para implementar as formas do padrão (A.O.) Por exemplo que contemple as formas cançom e canção. Não/nom vejo qual é o problema. Os fieis seguidores/as da genuina AGAL (cançom), dada a sua evidente utilidade formativa e divulgativa, podem continuar usando-a. Os que usam a norma padrão (em qq das suas versões) poderão presumir de, além de seguir a norma padrão, são fieis à norma AGAL porque já admite estas formas. De não ser assim, o único motivo que se me ocorre é que NA REALIDADE, ESTEJA EM CONTRA DA NORMA AGAL E QUEIRA QUE DESAPAREÇA. :)
Por que negar-nos a que uma norma, sem perder nenhuma das suas características (ou só alguma se o decidir a sua Comissão Linguística), implemente NOVAS FORMAS INTEGRADORAS? Que alguém mo explique. Obrigado.
Miguel Penas · Fri 25 Sep 2015 4:17PM
Acho que Ugio dá no cravo, a proposta é conseguir a unidade dentro da diversidade. Não é questão de abrir debates mas sim de preparar uma norma galega plenamente lusófona que seja flexível e que poda dar respostas a qualquer pessoa que acredite na nossa estratégia para a língua.
Preparemos para construir um discurso global para a Galiza lusófona que vai chegar. Esse é o objectivo.